(Se não viu, veja a Parte I e Parte II)
O ato de tomar chá não resistiria em território chinês por muito tempo. Com sua difusão no budismo, logo os japoneses que estudavam na China ao voltarem para sua terra natal levaram consigo o costume, sendo o primeiro registro da chegada da bebida em 729 EC quando presentearam o imperador Shōmu.
Em 805 o monge Saichō, escola Tendai, introduziu o cultivo de chá. Porém por volta de 890 o Japão rompeu relações com a China e sendo o chá um produto chinês acabou por ficar restrito ao uso medicinal. Porém essa história mudou o monge zen Eisai que ajudou a retornar a popularidade do chá nos mosteiros que auxiliava no zazen, a meditação zen budista.
Em pouco tempo o chá não só conquistou a corte como passou a fazer parte de um costume da população em geral, fruto do trabalho do shōgun Yoshimasa Ashikagae, grande apreciador da cultura chinesa que difundiu o ato de consumir a bebida entre seus guerreiros. Foi dele também a iniciativa de se criar uma cerimônia assim como exisita na China: o Cha-no-yu.
No Cha-no-yu, traduzido livremente como “Água quente para Chá”, o objetivo é servir o Matcha cerimonialmente. Esse ritual foi aperfeiçoado por muitos anos e sofreu grande influência do Taoísmo e Budismo.
Referências
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